A desembargadora Marília de Castro Neves foi eleita para compor o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, responsável por analisar a denúncia do Ministério Público contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), acusado de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro no caso das “rachadinhas” (devolução, apropriação e desvio de salários de funcionários do gabinete parlamentar). A magistrada ficou conhecida por acusar falsamente a ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) de ter vínculos com facções criminosas, e já manifestou apoio ao presidente Jair Bolsonaro. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Na terça-feira passada, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instaurou processo disciplinar para investigar essa e outras publicações feitas em redes sociais, incluindo uma em que ela defendeu a criação de um “paredão profilático” contra o ex-deputado Jean Wyllys (PSol). O processo administrativo, porém, não interferiu na eleição da desembargadora, que se lançou pelo quinto constitucional como candidata única.
Marília já manifestou apoio a Bolsonaro durante as eleições de 2018. Em agosto daquele ano, após o então candidato participar do programa Roda Viva, da TV Cultura, a magistrada escreveu: “Go Bolsonaro Go!!! Let’s make Brazil great again!!! (Vai, Bolsonaro, vai! Vamos fazer o Brasil grande de novo, em inglês)”, parafraseando o slogan de campanha do presidente americano Donaldo Trump.
Composto por 25 desembargadores, o Órgão Especial do TJ-RJ é o responsável por julgar a denúncia do Ministério Público contra Flávio Bolsonaro. O filho do presidente foi acusado de comandar uma organização criminosa que desviou R$ 6 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa do Rio. Ele nega.
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