Nos últimos anos, a harmonização orofacial ganhou notoriedade como um procedimento revolucionário para equilibrar a estética facial. No entanto, um fenômeno recente tem chamado atenção: o aumento expressivo da reversão de preenchimentos faciais. Muitos pacientes estão insatisfeitos com os resultados, seja pela artificialidade do visual, pela falta de planejamento adequado ou até por mudanças na percepção estética ao longo do tempo.
O Dr. Hugo Leonardo Sousa Mari, especialista em harmonização orofacial, explica que a popularização desse procedimento resultou em uma explosão de casos mal executados. "Muitas pessoas buscaram resultados rápidos sem considerar as particularidades anatômicas do próprio rosto, levando a assimetrias, exageros e arrependimentos", afirma o cirurgião-dentista.
Diante disso, um novo conceito começa a ganhar força: harmonizações mais sutis e personalizadas, respeitando a individualidade de cada paciente.
Por que a reversão tem sido tão procurada?
O desejo de reverter uma harmonização facial pode ter diversas motivações. Em alguns casos, os pacientes se arrependem porque o resultado final ficou exagerado. Em outros, percebem que perderam expressões naturais do rosto, o que pode gerar um efeito estético indesejado. Além disso, a tendência de um visual mais natural tem sido impulsionada por celebridades e influenciadores que optaram por remover preenchimentos.
"Quando a harmonização facial surgiu, a ideia era corrigir pequenos detalhes e proporcionar equilíbrio facial. Mas a busca por um padrão estético idealizado levou a excessos", comenta Dr. Hugo Mari. "Agora, estamos vendo um movimento de volta à naturalidade, onde menos é mais".
A harmonização orofacial, quando bem planejada, pode ser um grande aliado na autoestima do paciente. No entanto, o erro de tentar transformar completamente a fisionomia pode resultar em arrependimentos.
Como funciona a reversão da harmonização facial?
A reversão dos procedimentos pode variar dependendo dos produtos utilizados. No caso de preenchimentos temporários, como o ácido hialurônico, a solução mais comum é a aplicação da hialuronidase, uma enzima que dissolve o produto e reverte os efeitos. Esse processo pode ser realizado de forma gradual, devolvendo a naturalidade ao rosto sem impactos severos.
"É importante ressaltar que a reversão deve ser feita por um profissional qualificado, pois a hialuronidase precisa ser aplicada com precisão para evitar assimetrias e garantir um resultado satisfatório", explica Dr. Hugo Mari.
Já quando são utilizados produtos permanentes, como o polimetilmetacrilato (PMMA), a reversão se torna mais complexa. Nestes casos, a remoção pode exigir procedimentos cirúrgicos. "Por isso, sempre orientamos nossos pacientes a optarem por materiais absorvíveis e reversíveis, evitando arrependimentos futuros", complementa o especialista.
Tendência: procedimentos mais personalizados e detalhados
Se por um lado há um movimento crescente de reversão, por outro, há também uma nova abordagem dentro da harmonização facial: o refinamento da técnica para resultados mais sutis e personalizados.
"O segredo de uma harmonização bem-sucedida não está em transformar o rosto da pessoa, mas sim em realçar sua beleza natural", destaca Dr. Hugo Mari. "Cada paciente tem características únicas, e o papel do profissional é identificar quais detalhes podem ser melhorados sem comprometer a identidade do indivíduo".
A personalização do tratamento começa pela análise detalhada da estrutura óssea, formato facial e dinâmica muscular do paciente. Com base nisso, o especialista pode sugerir procedimentos mais precisos, que tragam harmonia sem excessos.
Entre as abordagens mais modernas, destacam-se:
- Uso estratégico do ácido hialurônico: Aplicação em pontos específicos, respeitando a anatomia do rosto.
- Técnicas combinadas: Uso da toxina botulínica para suavizar expressões sem comprometer a naturalidade.
- Preenchimento progressivo: Em vez de realizar grandes alterações em uma única sessão, a técnica de retoques graduais garante um resultado mais natural e adaptável.
- Resgate da individualidade: Avaliação personalizada para evitar um "efeito padrão", garantindo que o resultado seja único para cada paciente.
"Hoje, o conceito de beleza está mudando. As pessoas não querem mais se encaixar em um molde fixo, mas sim valorizar aquilo que as torna únicas", reforça o Dr. Hugo Mari.
A importância de escolher um bom profissional
A harmonização facial continua sendo um procedimento seguro e eficaz quando realizado por um profissional capacitado. No entanto, como qualquer intervenção estética, requer planejamento, técnica e responsabilidade.
"Infelizmente, a facilidade de acesso a esses procedimentos fez com que muitos profissionais sem especialização oferecessem serviços de baixa qualidade. Isso gerou uma onda de resultados insatisfatórios e, consequentemente, o aumento das reversões", alerta Dr. Hugo Mari.
Antes de realizar qualquer procedimento, é fundamental que o paciente pesquise sobre o profissional, avalie trabalhos anteriores e converse abertamente sobre suas expectativas. Além disso, o especialista deve ser transparente quanto aos riscos e limitações do tratamento.
O aumento na busca pela reversão da harmonização facial reflete uma mudança na forma como a estética é percebida. Se antes o objetivo era modificar drasticamente a aparência, hoje a tendência é a valorização da beleza natural, com intervenções sutis e bem planejadas.
Dr. Hugo Leonardo Sousa Mari destaca que a chave para um resultado harmonioso está na personalização do tratamento. "O verdadeiro propósito da harmonização facial não é mudar quem a pessoa é, mas sim destacar sua melhor versão, respeitando sua individualidade e expressão natural".
Com essa nova abordagem, a estética facial caminha para um futuro mais equilibrado, onde os excessos dão lugar à sutileza e ao bom senso, garantindo resultados mais satisfatórios e duradouros para os pacientes.
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