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A dor de se afastar de quem se ama - Por André Luiz Santiago Eleutério

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01/04/2025 às 10h32
Por: Sua Imprensa
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A dor de se afastar de quem se ama - Por André Luiz Santiago Eleutério

Existem dores que vêm e vão, como um corte que cicatriza com o tempo. Mas há outras que não desaparecem tão facilmente. Elas não sangram por fora, mas corroem por dentro. Uma das piores dores que alguém pode sentir é aquela que acontece quando precisamos nos afastar de alguém que amamos. Não porque queremos, mas porque a vida, de alguma forma cruel, nos obriga a isso.

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É estranho como a vida funciona. Às vezes, encontramos pessoas que parecem ter sido feitas para caminhar ao nosso lado. São conexões que não pedem permissão, que acontecem de forma intensa, bonita e inesperada. Mas, da mesma forma que chegam, algumas dessas pessoas se vão. E esse processo de perda, mesmo quando não é definitivo, é devastador.

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Dói porque quando amamos, criamos planos, imaginamos futuros, construímos pontes que ligam nosso coração ao coração do outro. E quando essa ponte desmorona, nos sentimos sem chão. Há um vazio, um silêncio ensurdecedor que nos acompanha em cada canto, em cada lembrança, em cada pequena coisa que nos faz lembrar da pessoa que não está mais ali.

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E o pior é que nem sempre o afastamento acontece por desamor. Muitas vezes, a vida nos coloca em caminhos diferentes, nos obriga a seguir rumos que não queríamos, mas que precisamos trilhar. Às vezes, perdemos alguém porque os sonhos daquela pessoa a levam para longe. Outras vezes, são as circunstâncias que nos separam, e não há nada que possamos fazer. E há também aqueles afastamentos que acontecem porque simplesmente precisamos nos proteger, porque insistir no vínculo significa se perder de si mesmo.

E como se lida com isso? Como se aprende a viver sem a presença de quem foi tão essencial? Não há resposta fácil. No começo, a dor é como um grito preso na garganta, uma angústia que não se explica. A vontade de voltar no tempo, de mudar a história, de consertar o que parece ter se partido em mil pedaços. Mas, com o tempo, aprendemos que algumas dores não desaparecem – elas apenas se tornam parte de quem somos.

O luto por uma relação, por um amor, por uma amizade que se perdeu, não é muito diferente do luto por uma pessoa que se foi. A diferença é que, nesse caso, sabemos que a pessoa ainda está lá, vivendo a vida dela, talvez sentindo a mesma falta que a gente, talvez não. Mas, independentemente disso, o que nos resta é seguir em frente.

A grande verdade é que ninguém ensina a gente a lidar com despedidas. Não há manual, não há um passo a passo que nos prepare para a ausência de quem amamos. Mas, por mais difícil que seja, precisamos encontrar forças para continuar. Precisamos aprender a guardar as boas lembranças, a valorizar os momentos vividos, a entender que, às vezes, o amor não significa presença, mas sim respeito, liberdade e até mesmo renúncia.

E acredite: um dia, sem perceber, a dor se transforma. Ela não some, mas muda de lugar. Ela deixa de ser uma ferida aberta e passa a ser apenas uma cicatriz. Uma lembrança de que amamos profundamente, de que fomos capazes de sentir algo tão forte que, mesmo na ausência, ainda permanece dentro de nós.

Talvez, no fim das contas, o que realmente importe não seja o tempo que tivemos com alguém, mas o que essa pessoa deixou dentro de nós. Porque quem realmente marcou a nossa vida nunca vai embora de verdade. Permanece nas memórias, nos sorrisos guardados, nos aprendizados. No amor que, mesmo à distância, nunca deixa de existir.

Escrito pelo jornalista André Luiz Santiago Eleutério.

 

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