A Polícia Civil concedeu nesta sexta-feira mais uma entrevista coletiva sobre o envenenamento de um bolo que provocou três mortes em Torres, no Litoral Norte. Em sua manifestação, a delegada Sabrina Deffente relatou que a suspeita, Deise Moura dos Anjos, teria buscado convencer a família a encaminhar a cremação do corpo do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu três meses antes da série de envenenamentos. A ideia era cobrir os rastros do próprio crime.
"Não temos dúvida de que ela pesquisou o veneno. Buscou uma receita inodora e chegou em uma composição química que ela tenta montar. Ela faz isso, envenena a família. Morre o sogro e ela busca de todos os modos a cremação do corpo dele. Não conseguindo, ela tenta montar narrativas para encobrir o que aconteceu”, disse a delegada.
Conforme o delegado Marcos Veloso, responsável pela Delegacia de Torres, Deise não conseguiu cremar o corpo do sogro por conta da falta de uma assinatura de um médico.
Exames no corpo de Paulo Luiz mostraram a presença de arsênico no cadáver, o mesmo químico encontrado nas vítimas que ingeriram a sobremesa em 23 de dezembro.
A delegada Sabrina Deffente afirmou ainda que há fortes indícios de que Deise teria promovido outros envenenamentos em familiares próximos. “Essas suspeitas serão investigadas a partir de agora”.
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