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Operação Desfecho desarticula grupo criminoso responsável por extorsões

O esquema criminoso levou uma vítima a tirar a própria vida a partir de ameaças que partiam de dentro do sistema prisional.

29/09/2024 às 16h47
Por: Redação Acontece no RS Fonte: Polícia Civil
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Foto: Divulgação / Polícia Civil
Foto: Divulgação / Polícia Civil

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Esteio, deflagrou na manhã desta quarta-feira (25), a Operação Desfecho. O objetivo da ofensiva é combater uma uma associação criminosa oriunda de Candelária, dedicada à prática de extorsões, através da modalidade conhecida como golpe dos nudes, que fazia vítimas na região metropolitana de Porto Alegre. Até o momento, oito pessoas foram presas temporariamente.

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A ação contou com o apoio de agentes da Delegacia de Polícia de Candelária e da Polícia Penal de Santa Cruz do Sul. Ao todo, cerca de 25 policiais cumpriram as ordens judiciais em Venâncio Aires, Vale Verde e Candelária.

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O esquema criminoso levou uma vítima a tirar a própria vida a partir de ameaças que partiam de dentro do sistema prisional. A investigação teve início a partir do registro de uma ocorrência policial de suicídio, em setembro de 2023. Na ocasião, a vítima deixou uma carta, informando não mais conseguir conviver com as supostas dívidas.

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No dia seguinte à morte da vítima, a filha registrou uma ocorrência policial informando que seu pai estaria sendo vítima de extorsões, tendo em vista que localizara mensagens suspeitas no aparelho telefônico de seu pai, que estava escondido em uma gaveta do armário. Em uma das mensagens o interlocutor dizia: “a sua liberdade está nas suas mãos” e “se você não cooperar, tomaremos medidas drásticas”. Além disso, foram localizadas fotos de diversos comprovantes de transações bancárias que foram feitas em nome de duas mulheres, que integram o grupo criminoso.

Ao longo da investigação, fora representado por diversos afastamentos de sigilos e, após análises bancárias, de dados e vínculos, os agentes comprovaram que todos os indivíduos que se beneficiavam dos valores extorquidos eram apenados ou familiares destes, os quais faziam desta modalidade de golpe um meio de vida. Os investigados procuram um perfil de vítima bem delimitado e, em regra, são homens na faixa etária em torno de 50 anos e sem antecedentes policiais. 

O Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, Delegado Cristiano Reschke, detalha que a desarticulação de esquemas como esse é prioridade: “Não podemos fechar os olhos para a violência psíquica, pois ela é permanente, causa danos irreversíveis ou traumas que tem o condão de remodelar a vida das vítimas, que passam pela vergonha e medo. Essa violência psicológica a que criminosos sujeitam as vítimas em crimes de ameaças e extorsões tendem a levar a desfechos trágicos como o que gerou essa investigação. Não é admissível que cidadãos livres sejam vítimas de tamanha agressão por quem está preso. A operação de hoje foi exitosa e segue para identificar outros envolvidos”, afirmou Reschke.

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