O superintendente Federal da Agricultura no Rio Grande do Sul (SFA/RS), José Cleber Dias de Souza, garantiu que a suspensão dos pagamentos das dívidas rurais acumuladas nos últimos anos será prorrogada para além do dia 15 de agosto.
O limite foi estabelecido pelo governo federal em decorrência da catástrofe climática de maio, que arrasou a produção de alimentos no Estado e comprometeu de vez a capacidade financeira de quem acumulava dívidas de 2022 e 2023 devido à estiagem.
“Não há como resolver até 15 de agosto. Essa data será prorrogada, não há dúvida”, assinalou o superintendente, que projetou publicação do decreto de regulamentação da MP 1247/24, que atenua os impactos do endividamento rural no RS, para esta sexta-feira, 9.
A afirmação, que reforça possibilidade mencionada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ocorreu após reunião com os líderes do movimento SOS Agro, no final da tarde desta quinta-feira, 8. O encontro foi a última etapa da manifestação que reuniu mais de 3 mil agricultores no Parque Harmonia, em Porto Alegre.
Os líderes do grupo reforçaram os pleitos do segmento, que reúnem demandas dos pequenos, médios e grandes agricultores, além de cooperativas e cerealistas. A caminhada até a sede da SFA partiu do Harmonia por volta das 16h. O trajeto foi percorrido por manifestantes a cavalo, em tratores, a pé e sobre um carro de som.
Uma nova reunião entre o movimento e o superintendente deve ser agendada para a próxima semana, quando também se intensificarão as ações em Brasília. Os manifestantes prometem ir à Capital Federal para acompanhar a audiência pública sobre o endividamento rural no RS, convocada pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados criada para tratar das consequências das enchentes no Estado.
"Vamos a Brasília fazer pressão para trancar a pauta do Congresso, via Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), até que votem as emendas dessa MP”, assegurou Graziele de Camargo, uma das coordenadoras do movimento, ao final do dia.
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