Quando um presidente assume um cargo, ele não pode usar seu poder para realizar qualquer tipo de bom negócio. A lei exige que os presentes recebidos durante seu mandato sejam diferenciados do patrimônio público e essas regras guiam a atitude do líder. Neste artigo, vamos explorar as regras e conhecer os limites para os presentes que um presidente pode receber. Acompanhe a seguir:
A principal lei que trata das regras para diferenciar presentes pessoais de propriedade pública é chamada "Normas gerais sobre a aquisição e uso de bens e direitos da Presidência". Essas normas estabelecem que os presentes e os bens pessoais adquiridos com dinheiro público devem ser guardados separadamente. O presidente também deve usar seu melhor julgamento na hora de aceitar presentes para certificar que eles não conflitem com os interesses públicos.
A lei estabelece que qualquer presente cujo valor seja superior a 6.000 reais deve ser devolvido ao seu doador. No caso de presentes de valor muito pequeno, eles podem ser retidos por até 3 anos, desde que não sejam de natureza perecível.
A lei também estabelece que qualquer item pessoal que seja adquirido com dinheiro público e não esteja relacionado às atividades oficiais deve ser devolvido ao governo. Por exemplo, se o presidente adquirir roupas com dinheiro público, elas devem ser devolvidas.
Quando se trata de presentes, eles geralmente devem ser incorporados ao patrimônio público da União. Algumas poucas exceções existem, quando falamos de itens personalíssimos, mas cabe ao Tribunal de Contas da União definir o que pode ou não ser mantido por um presidente. Geralmente, se enquadram em itens de uso pessoal as medalhas, gravatas e bonés personalizados, perfumes e presentes perecíveis.
Finalmente, de acordo com a lei, qualquer item adquirido com dinheiro público para realizar atividades oficiais deve ser mantido como propriedade pública. Por exemplo, se o presidente comprar livros, computadores ou qualquer outro item essencial para desempenhar suas funções, esses itens devem ser mantidos na presidência como parte do patrimônio do governo.
Recentemente, estão ocorrendo diversas investigações no Brasil relacionadas aos presentes recebidos no antigo governo de Jair Bolsonaro. Aliados do ex-presidente também estão sendo investigados e alguns itens já foram recuperados.
Essa questão surge devido à condenação do ex-presidente por abuso de poder econômico nas eleições de 2018. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou que houve irregularidades na campanha, como o uso indevido de meios de comunicação e a disseminação de notícias falsas. Essas práticas violam as leis eleitorais e comprometem a lisura do processo democrático.
Além disso, Bolsonaro também foi acusado de receber doações ilegais para sua campanha, o que configura mais uma infração grave. Diante dessas evidências, o TSE decidiu pela sua inelegibilidade, impedindo-o de concorrer a cargos políticos por um período de 8 anos, ou seja, até 2030.
É importante ressaltar que as decisões do TSE são fundamentadas em análises minuciosas e imparciais, visando garantir a integridade das eleições e a transparência na gestão pública. A inelegibilidade de Jair Bolsonaro é um reflexo desse compromisso em manter os princípios democráticos e a igualdade no acesso aos cargos eletivos.
De maneira geral, é fato que o presidente tem o dever de usar o dinheiro público com cautela e é importante que eles entendam bem as regras que regem as aquisições e uso de bens e direitos da presidência. Assim como os documentos, com uma assinatura digital, a segurança do contrato é validada, é fundamental que os presentes pessoais sejam separados do patrimônio público e que qualquer presente recebido com valor superior a 6.000 reais seja devolvido ao doador ou incorporado ao acervo da presidência.
Por isso, é importante que a presidência use seu melhor julgamento ao aceitar presentes e evite se apropriar de itens que não possam ser considerados propriedade pública. Para lembrar, receber presentes durante um mandato não significa que a presidência possa ficar com eles.
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