Após 40 dias de investigações, a Polícia Civil de Cachoeirinha concluiu, nesta terça-feira, que Elias Éverton Demétrio de Moraes, de 34 anos, morreu executado por ter assediado a enteada de um chefe do tráfico de drogas na região Metropolitana. O homem teve o corpo encontrado, na madrugada de 22 de dezembro, com 47 marcas de tiros, na divisa entre Canoas e Cachoeirinha, na Estrada Passo do Nazário.
Segundo a corporação, a vítima, que fazia parte de uma facção atuante no bairro Rio Branco, em Canoas, assediou uma adolescente, de 14 anos, tentando convencer a menina e uma amiga dela participarem do crime de extorsão conhecido como ‘golpe dos nudes’. Mesmo após promessas de repassar parte dos valores obtidos com o delito, ela recusou a proposta.
Após tomar conhecimento do fato, a mãe da jovem agrediu o homem e pediu a traficantes do grupo para expulsarem Elias do bairro. Ele, então, passou a ameaçar a família da adolescente e a dizer que havia aderido a uma facção rival.
A mulher relatou os fatos ao companheiro – um homem, de 28 anos, que cumpre pena em uma penitenciária de Charqueadas, mas ainda é considerado chefe do tráfico no bairro Rio Branco. De acordo com as investigações, de dentro do presídio, ele mandou o tio da jovem, de 25 anos, matar o acusado para se vingar do assédio.
Conforme o delegado Carlos Eduardo Silva de Assis, o autor do crime está preso desde o dia 26 e, nesta terça, a Polícia cumpriu um mandato de prisão preventiva contra o padrasto da adolescente, já detido em razão de outros crime. A investigação suspeita que Elias tenha sido atraído para uma emboscada.
“Ele [Elias] acabou procurando a própria morte, ao assediar o a enteada do dono da boca em que traficava. Eles [autores do crime] atraíram a vítima, que foi até o local acreditando que tudo estaria resolvido. Lá, o arrebataram e o assassinaram”, declarou Assis.
Os presos já possuíam antecedentes por homicídio, tráfico de drogas, associação ao tráfico, roubo e furto. As investigações prosseguem para a identificação de outros envolvidos, assim como a prisão da companheira do mandante do crime, considerada foragida.
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