A Polícia Civil investiga a morte de João Marcos Nunes, de 29 anos, após ser contido pela Brigada Militar, em Erechim, no Norte do RS. Ele teria tido um surto e a BM foi chamada para contê-lo. A corporação também abriu investigação para apurar o caso.
Para a família, o uso de força no atendimento foi excessivo. O caso foi na noite de domingo (7).
A Brigada foi chamada por vizinhos, após João provocar tumultos, diz a corporação. Segundo os familiares, ele foi contido, algemado e ainda teria recebido um mata-leão.
"Ele já estava contido, algemado pé e mão. Não tinha necessidade de fazer uso da força como eles fizeram", diz a irmã de João, Jeseana Nunes.
"Ele falou pros policiais 'eu sou um pai de família, trabalhador'", relata.
Segundo o Hospital Santa Terezinha, para onde João foi levado, ele já chegou ao local sem vida. Na declaração de óbito, a causa da morte aparece como indeterminada.
A Polícia Civil ouviu testemunhas na manhã de quarta-feira (10). O comando da Brigada Militar afirma que foi necessário fazer o uso da força, e que vai investigar a ação dos agentes no caso.
Segundo o major Andre Konigonis, do 13ª Batalhão de Polícia Militar, João investiu contra a guarnição.
"Vão ser ouvidos todos os policiais que a gente arrolou de testemunhas, que estavam no local no dia de fato, atendentes da Samu, o pessoal que recebeu e prestou os primeiros socorros no hospital. Esse pessoal vai ser todo ouvido", diz o major.
João era reciclador e faria aniversário de 30 anos em 19 de novembro. Ele deixa um filho de dois anos.
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