Quarta, 16 de Julho de 2025
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CEE debate sobre educação no Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global

O Conselho Estadual de Educação do Ceará (CEE) teve presença destacada no Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global. O órgão foi repre...

17/06/2025 às 10h57
Por: Redação Acontece no RS Fonte: Secom Ceará
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Foto: Reprodução/Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

O Conselho Estadual de Educação do Ceará (CEE) teve presença destacada no Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global. O órgão foi representado por sua presidente, professora Ada Pimentel; e pela secretária geral, professora Aurila Maia Freire. Organizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em coorganização com o Governo do Estado do Ceará, o evento foi realizado no período de 11 a 13 deste mês, no Centro de Eventos do Ceará (CEC).

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As gestoras do CEE participaram da plenária “Novos indicadores e temas estratégicos para o desenvolvimento e a sustentabilidade dos países de língua portuguesa na Era Digital” e da mesa redonda sobe o tema “Os atuais e novos indicadores da Educação sob a perspectiva do Sul Global na Era Digital”. Nos dois momentos, as professoras Ada Pimentel e Aurila Maia Freire abordaram aspectos da educação no Ceará, destacando a chegada da era digital nas instituições de ensino e a preocupação com o “apagão” de professores no Brasil, que refere-se ao risco iminente de falta de profissionais da educação, especialmente na educação básica, devido a diversos fatores, como desinteresse pela área. Estudos apontam para um déficit de até 235 mil professores em 2040, caso medidas não sejam adotadas.

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As gestores do CEE também se debruçaram sobre dados apresentados pelo IBGE sobre a educação no Brasil, como por exemplo: De 2000 a 2022, na população do país com 25 anos ou mais de idade, a proporção dos que tinham nível superior completo cresceu 2,7 vezes: de 6,8% para 18,4%. Nesse período, o percentual de pessoas sem instrução ou sem concluir o ensino fundamental caiu de 63,2% para 35,2%. Também de 2000 a 2022, a frequência escolar cresceu nos grupos etários até os 17 anos. Para as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de frequência escolar bruta saltou de 9,4% para 33,9%. Na faixa de 4 a 5 anos, a frequência subiu de 51,4% para 86,7%. No grupo de 6 a 14 anos, próximo da universalização, a taxa foi dos 93,1% aos 98,3%. Na faixa de 15 a 17 anos, a frequência subiu de 77,4% para 85,3%. O único grupo com recuo na frequência escolar foi o dos 18 aos 24 anos: 31,3% em 2000 e 27,7% em 2022, devido à redução da parcela desses jovens no ensino médio ou em níveis anteriores.

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A avaliação do CEE é de que a educação tem apresentado evolução significativa em termos de infraestrutura e, sobretudo, em aprendizado dos estudantes. “Felizmente, seguimos evoluindo. No Ceará, o CEE faz a sua parte, através da normatização do ensino, adaptando a legislação à nova realidade educacional”, disse a professora Ada Pimentel, que aproveitou para fazer breve explanação sobre o CEE e suas atividades e atribuições, ressaltando a importância para o órgão de trabalhar com dados atualizados sobre a educação.

O Triplo Fórum foi encerrado na manhã da sexta-feira, 13/6. A programação envolveu plenárias, reuniões diplomáticas, mesas temáticas e oficinas. O público total chegou a cerca de quatro mil pessoas. O principal objetivo foi a discussão dos atuais e futuros indicadores sobre educação, saúde, orçamento, cultura, favelas e comunidades urbanas, economia, finanças, meio ambiente, trabalho, cor e raça, turismo, comunicação, memória, entre outros temas. No último dia, foi divulgada a Carta IBGE Ceará Brasil Sul Global, além de realizada a assinatura de dois acordos de cooperação – com o Instituto Indonésio de Estatística e com o Governo do estado do Ceará, representado pelo Comitê Intersetorial de Governança do Programa Ceará Sem Fome e o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Além disso, ocorreu a inauguração da quinta unidade da Casa Brasil IBGE.