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Governo investiga novos casos suspeitos de gripe aviária em granjas comerciais de SC e TO

Casos suspeitos de gripe aviária são investigados em granjas de SC e TO. Governo adota medidas para conter o avanço do vírus no país.

19/05/2025 às 18h05
Por: Lucas
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 Governo investiga novos casos suspeitos de gripe aviária em granjas comerciais de SC e TO

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está conduzindo uma série de investigações para apurar novos casos suspeitos de influenza aviária de alta patogenicidade (Iaap) em granjas comerciais localizadas nos estados de Tocantins e Santa Catarina. O monitoramento é realizado em parceria com o Serviço Veterinário Oficial, que acompanha de perto os focos reportados.

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Além das granjas comerciais, outras três investigações estão em curso em criações de subsistência nos estados do Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Sergipe. Um caso que estava sendo analisado em Minas Gerais já foi descartado. No total, há cinco investigações em andamento em diferentes regiões do país.

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Primeiros casos confirmados no Rio Grande do Sul

O primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil foi confirmado na semana passada, no município de Montenegro (RS). Outro caso foi identificado em um zoológico em Sapucaia do Sul (RS), ambos na região metropolitana de Porto Alegre.

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As autoridades sanitárias iniciaram um processo rigoroso de controle e contenção do surto. Segundo o Mapa, foi realizada a coleta de material nas áreas afetadas, que estão sendo analisadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, localizado em Campinas (SP).

Na propriedade onde o primeiro caso foi detectado, todas as aves e seus ovos foram descartados, e um processo de limpeza e desinfecção das instalações foi iniciado. Os ovos originários da granja foco foram completamente rastreados, e a destruição do material está em andamento para posterior limpeza dos incubatórios.

Investigações em Tocantins e Santa Catarina

Em Aguiarnópolis (TO), análises preliminares indicaram a presença de gripe aviária em uma propriedade rural. No entanto, de acordo com o Mapa, há baixa probabilidade de se tratar de um caso de alta patogenicidade. A Adapec (Agência Estadual de Defesa Agropecuária) informou que aves com sinais da doença foram identificadas em um frigorífico de frango de corte durante uma inspeção realizada na última sexta-feira (16).

Sobre o caso em Ipumirim (SC), o Ministério da Agricultura ainda não divulgou detalhes específicos, e o governo estadual não se pronunciou sobre o assunto. No entanto, como medida preventiva, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina reforçou as restrições de trânsito interestadual de aves e ovos oriundos do Rio Grande do Sul.

O estado determinou a suspensão do recebimento de animais e ovos de municípios gaúchos considerados de risco, como Cachoeirinha, Canoas, Capela Santana, Esteio, Gravataí, Montenegro, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Triunfo.

Produtos avícolas vindos de outras cidades do Rio Grande do Sul terão de passar por um corredor sanitário, uma medida para reduzir os riscos de transmissão da doença.

Medidas governamentais e possíveis reflexos no comércio

Diante do avanço dos casos, o Mapa decretou emergência zoossanitária por 60 dias no município de Montenegro (RS). O governo está trabalhando no rastreamento da produção das granjas afetadas e reforçando medidas de contenção para evitar a propagação da gripe aviária.

A preocupação com embargos comerciais é real. Países que importam produtos avícolas do Brasil podem adotar políticas de suspensão de compras para evitar a entrada do vírus em seus territórios. Esse tipo de restrição impacta diretamente a economia do setor, que tem grande relevância no agronegócio brasileiro.

Especialistas apontam que o cenário dos Estados Unidos serve de alerta: por lá, a gripe aviária levou ao sacrifício de mais de 170 milhões de aves, contribuindo para a alta nos preços dos ovos. Segundo a veterinária especialista em zoonoses Paula Giaffone, o surto norte-americano chegou a afetar rebanhos leiteiros e até sistemas de distribuição de água.

Os desdobramentos das investigações em granjas comerciais e criações de subsistência estão sendo amplamente monitorados pelos veículos de comunicação. A atualização constante dos dados reforça o papel fundamental de um portal jornalístico em informar a população sobre os riscos e as medidas adotadas para conter o avanço da doença.

O Ministério da Agricultura continua com ações preventivas, enquanto autoridades estaduais reforçam as medidas de controle sanitário. As próximas semanas serão decisivas para determinar a extensão e os impactos do surto no setor avícola nacional.

Medidas de contenção e monitoramento

Para prevenir a disseminação do vírus, o Mapa realiza coletas em um raio de 10 quilômetros ao redor da granja onde o primeiro foco foi identificado. Na área perifocal (raio de 3 km), foram vistoriadas 29 das 30 propriedades listadas. Já na área de vigilância (entre 3 km e 7 km), houve inspeção em 238 das 510 propriedades monitoradas.

Segundo comunicado do Ministério, a estratégia visa garantir a segurança da produção avícola no entorno das áreas afetadas, evitando que o vírus se espalhe para outras regiões.

A influenza aviária (H5N1) é uma variação do vírus da gripe comum, pertencente à família influenza. Esse tipo específico do vírus é conhecido por sua alta letalidade em aves e capacidade de se espalhar rapidamente, especialmente em ambientes de alta densidade populacional, como granjas.

No Brasil, os primeiros registros da doença em animais silvestres datam de 2023, embora o vírus já seja conhecido mundialmente desde 1996, quando foi identificado em gansos.

Segundo especialistas, o consumo de carne e ovos de aves contaminadas não representa risco para humanos, desde que os alimentos sejam devidamente cozidos. A transmissão do vírus para pessoas ocorre principalmente por contato direto com aves infectadas ou ambientes contaminados, através de gotículas aerossóis de espirros ou fezes.

Casos de transmissão para outros animais também foram registrados em outros países, como bovinos nos Estados Unidos e leões-marinhos no Chile.

Porto Alegre, RS Atualizado às 01h06 - Fonte: ClimaTempo
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