O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta terça-feira (22) que está disposto a disputar a Presidência da República em 2026 e criticou a atual polarização política do país, que considera prejudicial ao interesse público.
“Tenho disposição para uma candidatura presidencial. Me sinto preparado, em condições. Estou inconformado com a polarização vigente no Brasil, que me parece nociva aos interesses do país. Hoje, ela se baseia mais em destruir o adversário do que em construir algo”, afirmou em entrevista a Rádio A Hora, de Lajeado.
A declaração foi dada durante passagem pelo Vale do Taquari, onde o governador participou da inauguração de dois novos espaços no Hospital Bruno Born, em Lajeado, financiados com recursos do Estado. Na sequência, esteve em Cruzeiro do Sul, onde anunciou novas ações voltadas à reconstrução do município após os estragos causados pelas enchentes na região.
Filiado ao PSDB há 24 anos — partido ao qual ingressou aos 16 anos —, Leite avalia sua permanência na sigla diante das negociações para uma possível fusão ou federação com outras legendas, como o Cidadania. Segundo ele, a decisão do partido, esperada para os próximos dias, será determinante para seus próximos passos. “É uma decisão difícil para mim, mas dentro das regras do sistema eleitoral brasileiro, precisamos nos confrontar com essas escolhas”, disse.
Nos bastidores, a filiação de Eduardo Leite ao PSD é tratada como quase certa. O partido já teria formalizado convite, mas o governador nega que haja uma definição: “A partir da decisão que o PSDB tomará, eu vou tomar minha decisão individual, o que não quer dizer que haverá filiação já no início de maio.”
Leite também não descartou a possibilidade de concorrer ao Senado. “Quero continuar contribuindo, e onde estiver vou buscar contribuir com o nosso Estado”, finalizou.
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