O jurídico do Partido Progressista, autor da ação, informou que a decisão é provisória e que a perda de mandato só ocorrerá após a análise de todos os recursos. Até lá, o prefeito e sua vice permanecem nos cargos.
A ação foi movida devido a um dossiê enviado anonimamente pelos Correios à população do município. De acordo com a investigação da Polícia Civil, foi comprovado o envio de 116 cartas postadas nos Correios de Caxias do Sul, destinadas a endereços paduenses. Imagens de câmeras dos Correios de Caxias mostram o então candidato Kiko com seu veículo particular, acompanhado de outro homem, entrando e saindo do local da postagem várias vezes na data do envio.
O dossiê, enviado à população continha aproximadamente 63 páginas e era direcionado ao ‘senhor morador de Nova Pádua’. O documento apontava sete eventos supostamente superfaturados, além de possíveis atos de improbidade administrativa e contratações ilegais realizadas pelo então prefeito e candidato à reeleição, Danrlei Pilatti (PP).
Conforme o juiz eleitoral, os documentos alcançaram uma parcela expressiva da população geral do município, considerando o pequeno número de habitantes de cerca de 2,3 mil pessoas. O resultado das eleições municipais concedeu o mandato a Kiko por uma diferença de apenas 48 votos, sendo 1.098 mil para Kiko e 1.050 mil para Pilatti. A defesa de Kiko afirmou que irá recorrer da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul.