Quadrilha alvo de operação distribuía drogas sintéticas a partir de São Leopoldo

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27), a Operação Special-K, que desarticulou um braço de uma organização criminosa responsável pela distribuição de drogas sintéticas na Região Metropolitana de Porto Alegre. A ação, que reuniu mais de 200 policiais civis, cumpriu mandados de busca e apreensão em seis cidades gaúchas: Porto Alegre, São Leopoldo, Capela de Santana, Novo Hamburgo, Campo Bom e Montenegro. Cerca de 200 policiais civis participam da ação.

Conforme a Polícia Civil, o grupo alvo da ofensiva operava a partir de uma área do bairro Feitoria, em São Leopoldo, que funcionava como uma espécia de centro logístico, de onde os entorpecentes eram enviados para diversas cidades gaúchas.

Conforme a delegada Ana Flávia Leite, da 4ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (4ª DIN), do Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc) DIN/Denarc, a quadrilha produzia drogas sintéticas a partir de substâncias de uso lícito, como anestésicos. “Ela transforma esses produtos, que são vendidos licitamente, em produtos ilícitos, em drogas”, explicou.

Durante a operação, 24 pessoas foram presas, incluindo lideranças da facção, que, mesmo detidas, seguiam comandando o esquema. “Temos duas importantes lideranças que já estavam recolhidas no sistema penitenciário e que ganharam hoje o cumprimento de uma nova cautelar, de uma prisão preventiva”, afirmou a delegada.

Além das prisões, os policiais apreenderam R$ 6 mil, três armas, seis carros – sendo quatro deles modelos de luxo -, mais de 15 quilos de maconha e drogas sintéticas, além de anabolizantes. A operação também identificou a atuação de “laranjas”, pessoas que cediam seus nomes para movimentar o dinheiro do tráfico.

A droga chamada “special-K”, alvo principal da investigação, é um entorpecente sintético derivado da cetamina irradiada. Segundo a delegada, trata-se de uma substância estimulante que “causa uma alta dependência e danos severos no organismo”.

Após o término da operação, os presos devem ser encaminhados ao sistema prisional. Os próximos passos da investigação incluem a análise do material apreendido e a possibilidade de novas fases da operação.