Após mais de duas semanas de manifestações ríspidas e fortes, o tom ameno e mais amistoso nas falas do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e do governador Eduardo Leite (PSDB), marcaram as respostas de ambos sobre o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) nesta terça-feira.
Em visita ao Estado, Rui Costa enfatizou que “nenhum centavo será retirado do que foi combinado”, em aceno às dúvidas do governo gaúcho. Porém, não são só com palavras ditas que se assina um contrato. E é daí que vem o protocolo de uma consulta formal que o Palácio Piratini fez ao governo federal sobre pontos que possam ser interpretados de forma diferente.
“Já temos vantagens que foram garantidas. O que nós não queremos, para ingressar em um programa mais vantajoso, é abrir mão daquilo que nós tínhamos garantido”, pontuou Eduardo Leite. Mas, ouvindo atentamente as falas do tucano, fica claro que sem o escrito, nada de contrato.
“Há a disposição política, mas eu preciso que tecnicamente esteja garantido”, concluiu Leite, enfatizando o agradecimento pela presença de Rui Costa no Estado e sua disponibilidade para debater o assunto. Para além das discussões e narrativas, até a assinatura ainda há um tempo considerável.
Os vetos do presidente Lula ainda serão analisados no Congresso Nacional. Depois, o texto precisa ser consolidado como lei, seguida da regulamentação para após a efetiva assinatura do contrato entre a União e o governo do RS.
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