A pequena queda na temperatura da manhã desta quarta-feira pode ter feito Renato Portaluppi lançar mão de meias junto ao habitual chinelo de dedo em sua sala no CT Luiz Carvalho. No local onde costuma brincar ser uma espécie de 'repartição pública' tamanha a entrada e saída de interessados em 'despachar' com ele antes ou depois dos treinos, um colega por ora, guardou para depois uma determinada conversa.
Trata-se de Pedro Aguiar, responsável pela logística do Grêmio desde 2018 e um dos homens de confiança de Renato desde que os dois se conheceram na semifinal da Copa do Brasil, em 2016. Pedrinho, como é conhecido, é responsável, dentre dezenas de outros assuntos do dia a dia, a começar a organizar a pré-temporada 2025.
Desde ontem com a divulgação da CBF do calendário do futebol para o ano que vem, a planilha de anotações do Supervisor de Logística deve ter ganho uma série de asteriscos e rasuras. Para piorar, nem ele e nem ninguém sabe quem será o treinador do Grêmio após o fim do Brasileirão. Ou até por exemplo se Mário Pereira, atual preparador físico, seguirá no cargo da comissão permanente, pois é comum treinadores 'de peso' levarem junto um profissional desta área, além de outros auxiliares.
O fato é que, assim como para todos os clubes, o calendário mais apertado do que nunca em função do Super Mundial em junho e julho de 2025 altera o planejamento dos clubes, principalmente para os estaduais. Para o Grêmio, nesse sentido, a preocupação se acentua. Os regionais estão previstos para começar em 12 de janeiro, menos de uma semana do que seria a reapresentação das grades equipes. Ou seja, qualquer que fosse a ideia inicial, ela deverá ser revista.
A atual gestão tem ambição muito forte pela busca do octacampeonato regional, algo conquistado somente pelo Inter até hoje. No último ano de mandato, independentemente de quem estiver no comando do vestiário, essa vai ser uma prioridade no clube. No entanto, 2024 reserva ainda obrigações e preocupações muito maiores para o Grêmio. O Grêmio hoje, de Renato, mas amanhã não se sabe de quem. E não adianta bater na porta da sala dele no CT para perguntar porque essa resposta não será dada.
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