Repetido, principalmente depois de algumas derrotas ao longo do Brasileirão, um aspecto do discurso de Renato Portaluppi levanta uma hipótese que talvez agora, no momento delicado e decisivo no campeonato, volte à tona. O fator local distribuído por outros estádios se refletiu na prática na tabela. Um indício é a constatação do aproveitamento de 71% de fato em casa, praticamente o mesmo número do líder Botafogo.
"Jogar na nossa Arena faz toda a diferença. Se tivéssemos disputado o campeonato inteiro em nosso estádio, hoje estaríamos brigando pelo G-4", lamentou Renato no último dia 22 após vitória sobre o Flamengo, no mesmo local da derrota para o Criciúma três dias depois. "O Grêmio está nessa situação por tudo que passou lá atrás. Olhe a quantidade de jogos que perdemos lá atrás, na época da enchente", justificou.
Como nômade na primeira metade da competição o Grêmio somou dez pontos em nove rodadas de mandante. O cenário de como teria sido a caminhada tricolor em condições normais é impossível saber. Mas é possível supor. "Ganharia, no mínimo, de Bragantino, Fluminense, Bahia e Cruzeiro, e arrancaria mais dois empates, no mínimo", palpita o repórter Fabrício Falkowski. "Em tese, são jogos mais viáveis para somar três pontos Bragantino, Fluminense, Vitória, Bahia e Vasco. São 15 pontos. Empataria mais dois", diz o colunista Hiltor Mombach. "Em tese, faria em torno de 20 pontos. Na teoria os jogos mais viáveis são Vasco, Cruzeiro, Bragantino e Vitória. Mas nesse momento. O Cruzeiro em outro momento, por exemplo, vinha bem. E mesmo entre esses viáveis, o Criciúma estaria nessa lista e o Grêmio perdeu em casa", complementa o editor Carlos Corrêa.
Nessas perspectivas, o Grêmio teria pontuação superior aos atuais 39 pontos e não correria risco de rebaixamento.
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