Projeto do senador Flávio Arns (PSB-PR) propõe a criação da Rota Turística Grande Reserva Mata Atlântica, abrangendo 63 municípios dos estados do Paraná, de Santa Catarina e de São Paulo. O PL 3.040/2024 tem o objetivo de preservar o que restou da Mata Atlântica, considerada a segunda maior floresta tropical da América do Sul, atrás apenas da Floresta Amazônica.
A criação da reserva prevê o desenvolvimento de atividades turísticas nos municípios, a promoção de um modelo de desenvolvimento econômico sustentável, o fortalecimento de iniciativas de proteção da Mata Atlântica e a valorização dos atrativos naturais, culturais e históricos da região.
A estruturação, gestão e promoção do turismo receberão o apoio de programas oficias voltados ao fortalecimento da regionalização do setor.
Fazem parte da rota 19 municípios do Paraná, 13 de Santa Catarina e 31 de São Paulo. Curitiba, São Paulo, Registro (SP) e Joinville (SC) são considerados polos de seus respectivos estados.
O senador destaca que a cobertura original da Mata Atlântica compreendia uma área de 1,3 milhão de km2em 17 estados, da qual restam, atualmente, menos de 30%. A floresta é de grande importância para o abastecimento de água, o equilíbrio climático, a proteção de encostas e do solo e a preservação de um grande patrimônio histórico e cultural.
“A Grande Reserva Mata Atlântica é uma região de rara beleza que abriga o maior trecho contínuo remanescente deste bioma no mundo, nos estados do Paraná, de Santa Catarina e de São Paulo. Ela ainda mantém quase toda sua diversidade de ambientes e espécies da fauna e da flora, além de sua riqueza cultural e histórica”, destaca Arns na justificação do projeto.
O texto também ressalta que o território é composto por 2,7 milhões de hectares de florestas e outros tipos de vegetação e conta com 2,2 milhões de hectares de área marinha, com espécies únicas, como o mico-leão-de-cara-preta, o papagaio-de-cara-roxa e o muriqui-do-sul, além da onça-pintada, um símbolo de nosso país e que necessita de grandes extensões ininterruptas de floresta para sobreviver.
Para Arns, os municípios que compõem a região compartilham também patrimônio histórico e cultural de valor inestimável para o Brasil e precisam ser preservados e divulgados como fonte de desenvolvimento econômico e social.
Entre as diversas comunidades presentes nesse território e apontadas no projeto estão em especial indígenas, caiçaras e quilombolas, além de outros grupos da sociedade, como empresários, educadores, funcionários públicos, pesquisadores e conservacionistas, que tornam a região da Grande Reserva da Mata Atlântica cada vez mais fortalecida, principalmente a partir do trabalho em conjunto e do estabelecimento de objetivos compartilhados para o futuro desta região.
“Entretanto, apesar de tanta riqueza ambiental, cultural e histórica, existem grandes desafios nesse território relacionados ao baixo Índice de desenvolvimento humano (IDH). Como exemplos, cito o município de Guaraqueçaba, que tem o quarto menor IDH do estado do Paraná e os municípios localizados no Vale do Ribeira, em São Paulo, que também possuem alguns dos IDH mais baixos desse estado”, alerta o senador.
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