A Escola Municipal Maria Gessi, de Cruz Alta, no noroeste gaúcho, teve as aulas suspensas nesta quarta-feira (12) após um episódio de violência contra a diretora da instituição. Conforme a Polícia Civil, a mãe de duas alunas agrediu a profissional na tarde de terça (11), depois de entrar no pátio da escola.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a mulher teve acesso ao local quando a diretora abriu a porta para uma equipe que faria a instalação de climatizadores. A agressão aconteceu no pátio da instituição, que fica no bairro Acelino Flores.
Duas crianças tentaram intervir e afastar a mulher, sem sucesso. A agressão durou cerca de um minuto até que um professor conseguiu conter a agressora. A Brigada Militar foi acionada, mas quando chegou ao local a mãe já havia saído. A diretora foi encaminhada para atendimento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).
Nesta quarta (12), a Brigada Militar reforçou a segurança no local com a presença de um policial na entrada da escola. Enquanto isso, professores e monitores se mobilizaram por segurança. As profissionais colocaram uma faixa no portão da frente onde está escrito "Basta de violência contra os profissionais da educação nas escolas municipais".
Segundo a secretária de educação de Cruz Alta, Áurea Malheiros, as aulas devem voltar ao normal na quinta-feira (13) e haverá recuperação do dia sem atividades.
Conforme o delegado Murilo Gambini Juchem, a vítima concedeu depoimento na manhã desta quarta-feira. A agressora já foi identificada e também deve ser ouvida pela polícia. Até o momento, se sabe que o ato de violência aconteceu pelo fato de que a mãe das alunas discordava de algumas regras da escola.
— Já temos registros anteriores por outras brigas, ameaças e discussões que estavam ocorrendo com frequência naquela escola e que, agora, também vão ser apuradas em conjunto para podermos responsabilizar os eventuais crimes que tenham sido praticados pela agressora — disse o delegado.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a mulher já havia agredido uma monitora através das grades da escola há cerca de um mês. À época, um boletim de ocorrência foi registrado. Por conta de ameaças, três professoras que atuavam no local pediram transferência para outras escolas.
As câmeras de videomonitoramento da instituição registraram o fato. Em nota, a prefeitura de Cruz Alta informou que disponibilizou a gravação à polícia. O município também entrou com uma ação judicial pedindo medida cautelar de urgência para afastar a mãe das proximidades da escola e dos servidores.
Os dois filhos da agressora serão transferidos para outra escola do município de forma provisória, imediatamente. A prefeitura disse ainda que se solidariza com os profissionais e repudia atos como este. A Polícia Civil informou que, se a diretora da escola representar contra a agressora, o órgão instaurará um inquérito policial.
— O inquérito será instaurado por diversos crimes que já podemos verificar que ocorreram para apurar e, finalmente, conseguir imputar a responsabilidade penal que eventualmente venha a ser apurada — concluiu o delegado.
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