O primeiro abatedouro de suínos registrado no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) do Estado do Maranhão, situado no município de Barra do Corda, está fortalecendo sua produção com a aquisição de novo equipamento de corte. O anúncio foi feito pelos representantes do empreendimento durante reunião realizada nesta semana na sede da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED/MA).
O empreendimento, registrado no SIE nº 071, tem a capacidade para abater 100 cabeças de suínos por dia. A AGED nos últimos anos tem empreendido esforços para a regularização da cadeia da carne em todo o estado. O resultado deste trabalho é que novos empreendimentos foram sendo registrados no Serviço de Inspeção. Até o momento, o estado tem 9 abatedouros de bovídeos e 1 de suínos com registro no Serviço de Inspeção.
A coordenadora de Inspeção de Produtos de Origem Animal da AGED, Clidilene Alencar frisou que a população de Barra do Corda e os municípios vizinhos foram beneficiados com a qualidade e segurança da carne de suínos ofertada na região, provenientes do abatedouro onde há a presença permanente do médico veterinário da agência reguladora.
Ela explica que o trabalho do médico veterinário inicia com a inspeção dos animais antes do abate e está direcionado à saúde do animal e à saúde pública, evitando desta forma que suínos com sintomas de enfermidades, incluindo zoonoses, sejam abatidos. Na sequência, ele segue com o acompanhamento do abate, para verificar lesões de enfermidades nos animais que encontravam-se aparentemente sadios; durante a inspeção antes do abate; até o encaminhamento das carcaças para a câmara fria e posterior expedição para o comércio em feiras, mercados, entre outros.
“Assim como todo produto inspecionado, a carne suína abatida no frigorífico com inspeção será entregue aos consumidores da região obedecendo aos padrões higiênicos-sanitários estabelecidos na legislação vigente”, disse.
Inaugurado em novembro do ano passado, o RA Frigorífico possui uma localização estratégica, sendo capaz de abastecer principalmente as regiões do Médio e do Alto Mearim. Sua produção já atende, por exemplo, os municípios de Presidente Dutra e Timon. Além disso, o empreendimento pode ainda comercializar sua produção para todo o Maranhão por conta do registro no SIE.
O proprietário do abatedouro, Paulo Rogério Barbosa informou que o empreendimento possui hoje os mais modernos equipamentos que atendem aos padrões da legislação sanitária. “Temos o que há de melhor e mais moderno em caldeira, insensibilizador, tanque de água quente pra escaldar, depiladeira, serras pra partir as bandas, câmara fria para as bandas e miúdos, carros de câmara fria com temperatura ideal para o transporte, dentre outros que são exigidos pelas normas”, ressaltou.
Ele revelou que tem planos de aumentar sua produção e que pretende fazer a adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), de forma a ampliar seu negócio levando sua produção para o mercado nacional. “Estarei levando ao mercado carne devidamente fiscalizada com todo padrão de qualidade exigido pela AGED”, comentou Rogério.
A adesão ao SISBI também foi uma conquista da AGED, que tem trabalhado para viabilizar a abertura do mercado nacional aos produtos de origem animal que são beneficiados no Maranhão. Em dezembro de 2019, o MAPA publicou a Portaria nº 274, reconhecendo a equivalência do Serviço de Inspeção Estadual do Maranhão ao SISBI-POA, mas apenas a categoria de leite e derivados foi incluída. Hoje, o estado do Maranhão já tem três laticínios habilitados a terem os produtos comercializados em todo o Brasil.
Em 2020, o Ministério da Agricultura concedeu a ampliação do escopo da adesão ao SISBI-POA, passando a ser incluída a categoria carne e derivados. Isso significa que os abatedouros das diversas espécies animais, os entrepostos e usinas de beneficiamento de carnes e derivados, registradas no SIE/MA, têm a possibilidade de ganhar o mercado nacional, desde que atendam aos requisitos necessários.
Para a AGED, todos ganham com este abatedouro de suínos de Barra do Corda: a população, que vai ter um alimento seguro na mesa; a economia, com mais geração de trabalho, renda e ampliação de mercado para comercialização em todo estado; e o meio ambiente, pois os resíduos gerados não irão poluir os recursos naturais.
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