A Justiça Militar Estadual disponibiliza a partir desta terça-feira um hotsite com informações sobre o Caso Gabriel. No portal, é possível acompanhar as últimas notícias sobre o processo e os próximos passos, além de informações gerais sobre o caso no âmbito da JME. A página está disponível em www.tjmrs.jus.br/caso-gabriel.
Testemunhas militares serão ouvidas nos dias 12 e 13 de abril, em Santa Maria. Na sequência serão designados os interrogatórios e após a sessão de julgamento. Já foram realizadas seis audiências de instrução: em 1º de novembro do ano passado em Porto Alegre, 4 de novembro em São Gabriel, 14 de novembro em Santa Maria, e nos dias 15 e 16 de fevereiro passado em São Gabriel. Houve depoimentos de dez informantes e 14 testemunhas no período.
Três policiais militares são investigados pela morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos. Tratam-se de um sargento e de dois soldados. A denúncia recebida pelo juízo da Auditoria Militar de Santa no dia 5 de setembro do ano passado. A Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul é competente para julgar os crimes militares de ocultação de cadáver e de falsidade ideológica.
Já a Polícia Civil apura o caso por homicídio triplamente qualificado. As qualificadoras atribuídas ao crime são motivo fútil, emprego de tortura e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Os policiais militares estão recolhidos no presídio militar em Porto Alegre.
Segundo o laudo do Instituto-Geral de Polícia (IGP), a vítima morreu por hemorragia interna, provocada por um objeto contundente. O sangramento ocorreu a partir de golpes dados na coluna cervical. O laudo vai ao encontro de relatos de testemunhas, que afirmam que o jovem teria levado um tapa, caído e batido com a cabeça no chão, sendo então algemado e agredido com um cassetete.
A vítima estava desaparecida desde o dia 12 de agosto do ano passado e foi encontrada morta em um açude, na localidade de Lava Pé, no dia 19 do mesmo mês. O jovem, morador de Guaíba, estava na cidade para prestar serviço militar obrigatório. As investigações apontam que ele foi abordado pelos três policiais militares e levado na viatura. Depois disso, não foi mais visto com vida.
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