A Polícia Civil prendeu preventivamente um homem, de 56 anos, nesta quarta-feira, que teria auxiliado o dono de uma empresa de vigilância patrimonial, de 52, na tentativa de extorsão de um cliente, em Uruguaiana, na fronteira Oeste. Segundo a corporação, ele seria amigo do proprietário da companhia, em prisão preventiva desde segunda.
Além da prisão do homem, os agentes também cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de um funcionário, de 48 anos, que trabalha na empresa da vítima. Nenhum deles possui antecedentes.
Contatado pela reportagem, o delegado Nilson de Carvalho não quis detalhar a participação de ambos na tentativa de extorsão. Conforme o policial, a divulgação poderia prejudicar o andamento das investigações, que apura o envolvimento de outras pessoas no crime.
“As investigações prosseguem para apurar se há mais pessoas envolvidas no crime e se outros clientes da empresa de segurança foram vítimas de extorsão”, declarou o titular Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Uruguaiana.
O crime
A investigação teve início no dia 21, após a vítima procurar a Polícia Civil e relatar que vinha sendo extorquida por alguém que, sob ameaças de morte, exigia o pagamento de R$ 50 mil. Para criar temor, o criminoso enviou mensagens detalhando a rotina e fotos mostrando a residência, assim como o local de trabalho e veículo do alvo da extorsão.
Após o início das diligências, os policiais concluíram que o autor da extorsão era o dono de uma empresa de vigilância patrimonial contratada pela própria vítima.
A investigação conseguiu demonstrar que o homem se valia das câmeras de monitoramento instaladas nos imóveis e das informações prestadas pelo próprio cliente para identificar a rotina da vítima e de familiares e, então, usar esse conhecimento para fazer ameaças.
Encaminhado à Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana, o dono da empresa de vigilância já cumpriu pena por dois homicídios e tinha antecedentes por outro, tentado. Ele também teve passagens por roubo, lesão corporal, ameaça e receptação.
Segundo declarou o delegado Nilson de Carvalho à Rádio Guaíba, o valor da exigido pelo preso não chegou a ser depositado.
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